A empresária britânica Sara Bird, de 53 anos, ficou assustada quando foi a um consultório e o médico fez o diagnóstico de obesidade. Sem se pesar havia muitos anos, não tinha notado que ganhara 30 quilos.
“Quando me olhava no espelho, via uma pessoa confiante, magra, mas na verdade estava obesa”, contou, numa entrevista à BBC Brasil em 2010. Foi daí que ela cunhou o termo fatorexia — “fat”, em inglês, significa gordura.
Desde então, Sara publicou livros, fez palestras e iniciou um movimento nas redes sociais para que o distúrbio fosse reconhecido pelos manuais de psiquiatria. Em suma, esse transtorno seria o inverso da anorexia.
“O sujeito não se enxerga gordo, mesmo com todas as mudanças no tamanho de roupas e medidas corporais”, observa Fátima Vasconcellos. Para piorar, ele persiste em hábitos nocivos à saúde e não vê motivos para procurar apoio profissional.