Este é um dos sérios motivos que levam pessoas a precisarem, mais que outras de atenção psicoterapêutica. Estimativas e estatísticas (link) apontam que um número muito maior do que o imaginado pelo senso comum, sofre com transtornos simples ou graves, capazes de amargar, de uma forma ou outra, o cotidiano saudável de profissionais nos mais variados ramos de trabalho e sustento.
CONTEÚDOS ABAIXO
(A) Síndrome de Burnout em Professores
(B) Médicos: burnout ou transtorno depressivo (C) Saúde mental na advocacia (D) Profissionais devem saber sobre saúde mental (E) maneiras de promover o bem-estar no trabalho |
( A )
Síndrome de Burnout – Professores x Saúde Mental
Muitos pais não acompanham o desenvolvimento dos filhos durante o ano letivo e depois ao final do ano letivo querem cobrar do professor um resultado positivo em relação as notas dos filhos, como se o professor fosse o culpado pelo péssimo desempenho do aluno.
Que o sistema de educação público precisa de melhorias todo mundo já sabe, também já é de conhecimento da maioria que hoje em dia os pais repassam para a escola uma responsabilidade e um papel que não lhe cabe, como por exemplo, afeto e educação emocional.
Muitos pais não acompanham o desenvolvimento dos filhos durante o ano letivo e depois ao final do ano letivo querem cobrar do professor um resultado positivo em relação as notas dos filhos, como se o professor fosse o culpado pelo péssimo desempenho do aluno.
Com isso o que o professor recebe? Agressividade por parte dos pais que terceirizam suas obrigações – que inclusive até explica a agressividade do aluno em sala de aula – cobrança de questões que não cabe ao professor resolver: problemas emocionais dos filhos.
O que acontece? O filho é agressivo em sala de aula, não faz as tarefas e com isso tem uma péssima nota, além de atrapalhar o professor e os demais alunos no andamento dos estudos em sala. O que esses pais fazem? Esperam chegar ao final do ano – não comparecem em nenhuma reunião durante todo o ano letivo, não acompanham os filhos nas tarefas de casa – e se acham no direito de culpar o professor por esse baixo rendimento, defendendo o filho em situações em que o mesmo deveria ser corrigido, educado.
Temos também que ressaltar a desvalorização do professor, que vai desde os baixos salários, carga horária excessiva, excesso de atividades de trabalho levado para casa (sem que seja remunerado por isso), agressões verbais por parte dos alunos e muitas vezes também dos pais e muitas vezes até agressões físicas, excesso de cobrança por parte da própria escola que também precisa mostrar bons resultados, baixo nível de autonomia e de participação nas decisões, impossibilidade de promoção. E o que isso tudo resulta para o professor? Adoecimento emocional.
Toda essa rotina pesada e estressante acaba interferindo na saúde mental dos professores, tornando cada vez mais comum entre eles o diagnóstico da Síndrome de Burnout. Essa síndrome aparece ligada ao estresse profissional crônico, e se não tratada pode evoluir muitas vezes para uma depressão ou até mesmo a ansiedade patológica. Quando o professor espera que o seu trabalho seja fonte de prazer, seja por amar o que faz, seja também por passar boa parte dos seus dias em um ambiente escolar, e não recebe desse ambiente o que se esperava, ele passa a viver frustrado, conta os dias e as horas para a semana passar logo.
Vive triste por enfrentar situações desgastantes em sala de aula, tendo que lidar inclusive com os problemas emocionais enfrentados por seus alunos (alunos que vão pra escola sujos, que relatam violência em casa, abandono familiar, além de apresentarem dificuldades de aprendizagem) e assim os professores carregam além dos seus problemas pessoais também os problemas dos seus alunos, chegando assim em um total nível de estresse e exaustão.
É preciso que o professor saiba identificar esse momento em que se torna insustentável viver dessa forma, em que a tristeza e frustração virou rotina, e que identifique algumas características:
Busca por um perfeccionismo inalcançável;
Cobrança excessiva em relação ao seu papel como professor para a sociedade,
Necessidade exagerada de controlar as situações;
Dificuldade para tolerar frustração;
Cansaço emocional/físico;
Queda da produtividade;
Despersonalização – sentimento de alienação com uma visão negativa dos outros;
A superação dessa síndrome pode vir por meio da psicoterapia, nas sessões é possível lidar com todas essas angústias e desacelerar, construindo assim recursos emocionais, para além de se livrar da síndrome também não cair em uma depressão ou ansiedade patológica. É preciso que busque ajuda profissional e entenda que o tratamento vai muito mais além do que somente medicação e não se esqueça: ter um transtorno mental é mais comum do que se pensa. Psicólogo não é coisa de gente louca. Quando temos uma dor física é natural procurarmos um médico para termos nossa saúde física novamente. A dor emocional/psicológica também precisa ser tratada, é totalmente natural procurar um psicólogo!
Muitos pais não acompanham o desenvolvimento dos filhos durante o ano letivo e depois ao final do ano letivo querem cobrar do professor um resultado positivo em relação as notas dos filhos, como se o professor fosse o culpado pelo péssimo desempenho do aluno.
Que o sistema de educação público precisa de melhorias todo mundo já sabe, também já é de conhecimento da maioria que hoje em dia os pais repassam para a escola uma responsabilidade e um papel que não lhe cabe, como por exemplo, afeto e educação emocional.
Muitos pais não acompanham o desenvolvimento dos filhos durante o ano letivo e depois ao final do ano letivo querem cobrar do professor um resultado positivo em relação as notas dos filhos, como se o professor fosse o culpado pelo péssimo desempenho do aluno.
Com isso o que o professor recebe? Agressividade por parte dos pais que terceirizam suas obrigações – que inclusive até explica a agressividade do aluno em sala de aula – cobrança de questões que não cabe ao professor resolver: problemas emocionais dos filhos.
O que acontece? O filho é agressivo em sala de aula, não faz as tarefas e com isso tem uma péssima nota, além de atrapalhar o professor e os demais alunos no andamento dos estudos em sala. O que esses pais fazem? Esperam chegar ao final do ano – não comparecem em nenhuma reunião durante todo o ano letivo, não acompanham os filhos nas tarefas de casa – e se acham no direito de culpar o professor por esse baixo rendimento, defendendo o filho em situações em que o mesmo deveria ser corrigido, educado.
Temos também que ressaltar a desvalorização do professor, que vai desde os baixos salários, carga horária excessiva, excesso de atividades de trabalho levado para casa (sem que seja remunerado por isso), agressões verbais por parte dos alunos e muitas vezes também dos pais e muitas vezes até agressões físicas, excesso de cobrança por parte da própria escola que também precisa mostrar bons resultados, baixo nível de autonomia e de participação nas decisões, impossibilidade de promoção. E o que isso tudo resulta para o professor? Adoecimento emocional.
Toda essa rotina pesada e estressante acaba interferindo na saúde mental dos professores, tornando cada vez mais comum entre eles o diagnóstico da Síndrome de Burnout. Essa síndrome aparece ligada ao estresse profissional crônico, e se não tratada pode evoluir muitas vezes para uma depressão ou até mesmo a ansiedade patológica. Quando o professor espera que o seu trabalho seja fonte de prazer, seja por amar o que faz, seja também por passar boa parte dos seus dias em um ambiente escolar, e não recebe desse ambiente o que se esperava, ele passa a viver frustrado, conta os dias e as horas para a semana passar logo.
Vive triste por enfrentar situações desgastantes em sala de aula, tendo que lidar inclusive com os problemas emocionais enfrentados por seus alunos (alunos que vão pra escola sujos, que relatam violência em casa, abandono familiar, além de apresentarem dificuldades de aprendizagem) e assim os professores carregam além dos seus problemas pessoais também os problemas dos seus alunos, chegando assim em um total nível de estresse e exaustão.
É preciso que o professor saiba identificar esse momento em que se torna insustentável viver dessa forma, em que a tristeza e frustração virou rotina, e que identifique algumas características:
Busca por um perfeccionismo inalcançável;
Cobrança excessiva em relação ao seu papel como professor para a sociedade,
Necessidade exagerada de controlar as situações;
Dificuldade para tolerar frustração;
Cansaço emocional/físico;
Queda da produtividade;
Despersonalização – sentimento de alienação com uma visão negativa dos outros;
A superação dessa síndrome pode vir por meio da psicoterapia, nas sessões é possível lidar com todas essas angústias e desacelerar, construindo assim recursos emocionais, para além de se livrar da síndrome também não cair em uma depressão ou ansiedade patológica. É preciso que busque ajuda profissional e entenda que o tratamento vai muito mais além do que somente medicação e não se esqueça: ter um transtorno mental é mais comum do que se pensa. Psicólogo não é coisa de gente louca. Quando temos uma dor física é natural procurarmos um médico para termos nossa saúde física novamente. A dor emocional/psicológica também precisa ser tratada, é totalmente natural procurar um psicólogo!
https://www.psicologiasdobrasil.com.br/sindrome-de-burnout-professores-x-saude-mental/
Saúde mental dos médicos: burnout ou transtorno depressivo maior?
Em julho passado, três autoras publicaram no JAMA uma coluna de ponto de vista que provocou uma discussão pertinente sobre os médicos. Atualmente, eles estão sofrendo mais com burnout ou com transtorno depressivo maior? Além de serem diagnósticos diferenciais, essas duas condições apresentam sintomas que se sobrepõem. Por isso, esse diagnóstico representa um desafio.
Burnout x Depressão
É de conhecimento geral que a medicina é uma carreira estressante e que pode estar associada a níveis consideráveis de sofrimento. O burnout é tido como uma síndrome associada ao trabalho, caracterizada pela exaustão emocional, sensação de ineficácia (ou cinismo) e despersonalização. Frequentemente, está relacionado a um trabalho exigente, que pode ser acompanhado de escassez de recursos para desempenhar seu papel. Já a depressão é um transtorno mental com critérios diagnósticos bem definidos e que pode ou não estar associada a um evento estressor.
A relação entre essas duas condições é motivo de controvérsia. Há quem as considere como categorias diferentes e há quem acredite que o burnout é uma forma de transtorno depressivo envolto em um aspecto social. Esta última ideia é reforçada por alguns estudos. Para compreender a associação desses dois quadros e diferenciá-los, é necessário compreender a origem dos sintomas e desenvolver ferramentas ou estratégias diagnósticas. Deve-se considerar também que um diagnóstico incorreto faz com que os pacientes deixem de buscar tratamento farmacológico ou uma psicoterapia. Ele se volta para estratégias de redução de estresse, como ioga ou mudanças no trabalho, que podem não ser tão efetivas.
O estigma das doenças mentais
O estigma que envolve as doenças mentais pode fazer com que casos de depressão sejam considerados como burnout. Afinal, o burnout seria uma reação a algo que é externo ao indivíduo, diferente da depressão. Além disso, a fluidez e falta de clareza das características diagnósticas do burnout são questionadas. As autoras dão como exemplo alguns estudos sobre burnout. Neles, a explicação dos critérios envolvidos e a quantidade deles para fechar o diagnóstico variou de forma importante. Como concluíram que o burnout não possui um conjunto tão bem articulado de sintomas, consideram mais difícil fazer um diagnóstico consistente. Citam também mais exemplos relacionando a sobreposição dos sintomas:
A exaustão pode ser considerada um expressão do burnout ? Ou uma forma de fadiga associada ao transtorno depressivo?
A insatisfação com a performance profissional pode ser confundida com anedonia?
Despersonalização é um sintoma de burnout ou um mecanismo de defesa?
Recentemente, parece que o número de casos de burnout vem aumentando entre os médicos. Mas, além dele, outros quadros também vêm se destacando. Por exemplo, a insatisfação com o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional, a presença de transtorno por uso de substâncias, de transtorno depressivo maior e aumento das taxas de suicídio. Apesar do destaque para o burnout nos últimos tempos, há uma preocupação crescente com os casos de depressão e ideação suicida.
Burnout, depressão e ideação suicida
Um estudo até relacionou burnout com ideação suicida. Entretanto, ele possuía importantes limitações metodológicas. Enquanto isso, outro trabalho conseguiu demonstrar de forma mais consistente a relação entre ideação suicida e depressão. Por isso, e devido às graves consequências envolvidas, na presença de ideação suicida é imperativo descartar a presença de transtorno depressivo maior.
Cabe destacar também a alta prevalência de depressão na população. Dentro do meio médico, em uma população de internos e médicos residentes presume-se uma taxa de depressão de 4% ao início do curso. Contudo, este valor pode aumentar para 25% após 3 meses, permanecendo dessa forma durante todo o período da formação.
É importante que o “burnout” não se torne uma expressão genérica para se referir ao sofrimento emocional dos médicos. E diagnosticar corretamente aumenta as chances de que se obtenha o tratamento adequado. O estigma e a vergonha que envolvem as doenças mentais fazem com que muitos procurem um diagnóstico conveniente. Mas que pode não ser o mais adequado, levando a conclusões erradas e retardando o tratamento correto.
Considerações finais
Algumas sugestões para diminuir isso envolvem a utilização de algumas escalas breves e simples. Estas avaliam o diagnóstico de transtorno depressivo (ex: PCL-9) em todos os pacientes com suspeita de burnout. Complementar isso com a avaliação (com ou sem escalas) do transtorno por uso de substâncias e dos transtornos ansiosos ajuda a diminuir os riscos de um diagnóstico inadequado. Além disso, outra forma seria criar serviços de psiquiatria confidenciais que facilitassem o acesso dos médicos. Como, por exemplo, um serviço de 30. Finalmente, é essencial combater os estigmas das doenças mentais. Dessa forma, talvez mais médicos se sintam melhor ao reconhecer que seu problema é uma alteração cerebral tratável e não apenas uma situação de trabalho.
https://pebmed.com.br/saude-mental-dos-medicos-burnout-ou-transtorno-depressivo-maior/
Saúde mental na advocacia: precisamos enfrentar esse tabu
A advocacia é uma profissão marcada pela intensa atividade definida com base em volume e em prazos processuais. A saúde mental na advocacia, portanto, deve ser trabalhada de modo a oferecer mais qualidade de trabalho aos advogados e advogadas.
Problema é mais do que comum do que parece. O que o escritório de advocacia pode fazer para evitar e lidar
Depressão, síndrome de burnout, ansiedade e estresse: eles foram os motivos de 30% dos afastamentos de advogados e de 60% das licenças de procuradores, entre 2012 e 2018. A saúde em geral e, em particular, a saúde mental na advocacia, assim como em várias outras áreas, tem se tornado um desafio para gestores de escritório de advocacia. E no entanto, em muitos, falar disso ainda é tabu.
Pois não deveria. Primeiro porque dados como estes mostram que os transtornos mentais já estão entre os principais males que acometem os profissionais da área, pedindo uma resposta. Depois porque um fator fundamental do tratamento é a possibilidade de falar sobre isso sem pudores. E, finalmente, porque, ao mesmo tempo que envolve muita dedicação, a atividade dos advogados nem sempre implica na colheita dos louros no final. O que envolve boas doses de expectativa e, no caso de uma perda, de frustração.
Por isso, neste artigo, este é o nosso tema. Para começar, vamos ver algumas ações diretas em saúde mental que o escritório pode fazer.
Além disso, veremos também como o escritório pode lidar com pessoas que já estão passando por um transtorno mental, criando um ambiente de acolhimento e propício ao tratamento.
Como prevenir transtornos mentais na advocacia
Partamos de um ponto-chave para começar a lidar com o tabu dos transtornos mentais: ninguém escolhe tê-los. Nem na advocacia. Pense o que uma pessoa escolheria: estar feliz ou infeliz, satisfeito ou insatisfeito, bem-humorado ou mal humorado, calmo ou ansioso?
Certamente, todos responderiam que é melhor estar feliz, satisfeito, bem humorado e calmo. É mais fácil. Esse raciocínio simples é importante porque se estende às pessoas que estão passando por desafios emocionais. Elas gostariam de estar bem, na verdade. Muitas vezes até não entendem por que não estão bem – e, ainda assim, seu estado não se modifica.
Agora, tem o ponto: esse é um problema da organização? Não exclusivamente, mas também. Evidentemente, não cabe somente à organização identificar problemas mentais em seus colaboradores. A ela, porém, cabe criar espaços e a segurança em que ele consiga manifestá-los sem se sentir pressionado ou constrangido por isso.
Mas como? É o que vamos ver a partir de agora.
Então, independentemente de já ter tido ou não algum caso dentro do escritório, cabe criar espaços para que os colaboradores falem a respeito.
Dentro de escritórios menores, isso pode ser feito em reuniões periódicas de feedback com a liderança, por exemplo. Escritórios maiores podem pensar em ações mais estruturadas nesse sentido, como oferecer apoio psicológico dentro da empresa, orientação nutricional, salas de descompressão e massagem etc.
Cabe, em qualquer situação, criar um ambiente de atenção, confiança e honestidade. Então, se você vai fazer uma reunião de feedback com um colaborador nada de mexer no celular enquanto ele fala ou, então, de cortá-lo. Mente aberta e escuta são fundamentais.
2. Tenha um plano de carreira e de benefícios
Nem sempre por opção, muitos advogados, mesmo vinculados a escritórios de advocacia, trabalham como autônomos. Por isso, sua remuneração pode ter um grau elevado de incerteza, tanto em relação à carreira quanto às necessidades mais imediatas.
Oferecer condições de trabalho adequadas e benefícios é uma forma de aumentar o grau de segurança e, consequentemente, satisfação. Além disso, demonstre por meio de ações quão importantes os colaboradores são para o sucesso do escritório, que não são descartáveis e que se importa realmente com seu bem-estar.
É verdade que os transtornos mentais não têm relação necessária com a segurança financeira e trabalhista. De fato, muitas pessoas que não têm tais dificuldades enfrentam problemas. Mas convenhamos: a insegurança em relação ao trabalho é um catalisador. Não tê-la gera ansiedade, estresse e ainda excesso de trabalho. E o resultado dessa mistura você sabe qual é.
Junto com benefícios, vale criar espaços para o desenvolvimento pessoal. O trabalho do advogado exige muito dele, portanto, o desenvolvimento pessoal do colaborador deve ser pensado como um todo.
3. Construa um ambiente organizacional que promova a saúde
O trabalho exige muito dos colaboradores, mas tem limites: não pode ultrapassar seu bem-estar. Essa é a regra.
Nós sabemos o quanto a advocacia pode permear a vida profissional e pessoal dos profissionais. Quantos advogados que você conhece entram no escritório de manhã cedo e não têm hora para sair? E o estresse com os vários prazos processuais? Isso pode ser uma opção do profissional, mas cabe atenção especial.
Além disso, ter clareza sobre as suas funções, entregas e resultados, bem como sobre como executá-los, valida as ações do colaborador, gerando segurança.
O ideal é que os gestores construam jornadas adequadas, em que o colaborador consiga equilibrar alta performance na advocacia com descanso. E, claro, ninguém precisa ter medo de perder o emprego, de ser pressionado ou de sofrer algum constrangimento.
Como ajudar colaboradores com transtornos mentais
Se você acha que as dicas acima evitarão que seus colegas de advocacia ou que os colaboradores de seu escritório enfrentem transtornos mentais a resposta é não. Infelizmente, a relação aqui não é a de simples implicação.
Como disse, criar condições boas de trabalho para o colaborador pode amenizar, dar suporte e confiança, mas não evitam completamente o aparecimento de transtornos mentais dentro do escritório.
E uma coisa é certa: quando um transtorno mental acomete um colega, não é raro os demais colaboradores simplesmente não saberem o que fazer. Aliás, não apenas os colaboradores, mas as próprias lideranças organização. Por isso, deixam de tomar atitudes simples que podem ajudar a lidar com a situação.
Portanto, agora, vou trazer algumas dicas para lidar com o problema.
1. Ouça: você não precisa falar
É inevitável. Ao ouvir uma pessoa se queixar, seja o que for, a primeira coisa que fazemos para consolá-la é mandar aquela frase de incentivo. E você sabe que frases de incentivo normalmente são clichês. |Justamente por isso o efeito delas sobre quem não está bem pode ser o contrário do que você imagina.
Por isso, a dica é que mais vale ficar calado – a não ser que a pessoa peça a sua opinião. Ouça o que o colaborador tem a dizer e ofereça a sua compreensão. Por mais que, para você, os temores de seu colega não encontrem respaldo na realidade, só o fato de fazerem sentido para ele já os torna válidos.
É hora de tomar uma atitude como oferecer um ombro amigo, convidá-lo para conversar em uma caminhada ou, então, para sair do escritório e tomar um café.
2. Não julgue, inclua
O desânimo, o estresse, a ansiedade, em suma, a maioria das dificuldades provocadas pelos transtornos mentais costumam levar as pessoas a se separar das demais, ao isolamento e à exclusão. Respeite isso, se esse for o desejo do seu colaborador.
Na medida do possível, no entanto, esteja junto da pessoa. Deixe claro que para você não é um incômodo estar junto. E não force a pessoa a estar junto com as demais se a vontade dela é estar sozinha.
Além disso, aborde seu colega, converse com ele, esteja junto até para fazer as coisas se essa for a vontade dele. A chave aqui é dar segurança da presença.
3. Veja alternativas
Se você é gestor do colaborador portador de transtorno mental, é hora de oferecer alternativas, sobretudo se o afastamento ainda não aconteceu.
Evidentemente, tomar decisões nunca é fácil, para ambas as partes. Mas algumas possibilidades podem ser aventadas: é o caso de flexibilizar a jornada de trabalho, ou de fazer home office na advocacia? Não é o caso de tirar umas férias do trabalho, no caso de elas já terem vencido?
Cabe estudar, junto com o colaborador, quais são as opções de conduta. Vale lembrar, aqui, que o compromisso é de ambos: do colaborador com a empresa e da empresa com o colaborador.
https://blog.sajadv.com.br/saude-mental-na-advocacia/
https://forbes.com.br/carreira/2018/10/tudo-que-os-profissionais-precisam-saber-sobre-saude-mental/
https://forbes.com.br/carreira/2018/08/4-maneiras-de-promover-o-bem-estar-no-local-de-trabalho/
( B )
Saúde mental dos médicos: burnout ou transtorno depressivo maior?
Em julho passado, três autoras publicaram no JAMA uma coluna de ponto de vista que provocou uma discussão pertinente sobre os médicos. Atualmente, eles estão sofrendo mais com burnout ou com transtorno depressivo maior? Além de serem diagnósticos diferenciais, essas duas condições apresentam sintomas que se sobrepõem. Por isso, esse diagnóstico representa um desafio.
Burnout x Depressão
É de conhecimento geral que a medicina é uma carreira estressante e que pode estar associada a níveis consideráveis de sofrimento. O burnout é tido como uma síndrome associada ao trabalho, caracterizada pela exaustão emocional, sensação de ineficácia (ou cinismo) e despersonalização. Frequentemente, está relacionado a um trabalho exigente, que pode ser acompanhado de escassez de recursos para desempenhar seu papel. Já a depressão é um transtorno mental com critérios diagnósticos bem definidos e que pode ou não estar associada a um evento estressor.
A relação entre essas duas condições é motivo de controvérsia. Há quem as considere como categorias diferentes e há quem acredite que o burnout é uma forma de transtorno depressivo envolto em um aspecto social. Esta última ideia é reforçada por alguns estudos. Para compreender a associação desses dois quadros e diferenciá-los, é necessário compreender a origem dos sintomas e desenvolver ferramentas ou estratégias diagnósticas. Deve-se considerar também que um diagnóstico incorreto faz com que os pacientes deixem de buscar tratamento farmacológico ou uma psicoterapia. Ele se volta para estratégias de redução de estresse, como ioga ou mudanças no trabalho, que podem não ser tão efetivas.
O estigma das doenças mentais
O estigma que envolve as doenças mentais pode fazer com que casos de depressão sejam considerados como burnout. Afinal, o burnout seria uma reação a algo que é externo ao indivíduo, diferente da depressão. Além disso, a fluidez e falta de clareza das características diagnósticas do burnout são questionadas. As autoras dão como exemplo alguns estudos sobre burnout. Neles, a explicação dos critérios envolvidos e a quantidade deles para fechar o diagnóstico variou de forma importante. Como concluíram que o burnout não possui um conjunto tão bem articulado de sintomas, consideram mais difícil fazer um diagnóstico consistente. Citam também mais exemplos relacionando a sobreposição dos sintomas:
A exaustão pode ser considerada um expressão do burnout ? Ou uma forma de fadiga associada ao transtorno depressivo?
A insatisfação com a performance profissional pode ser confundida com anedonia?
Despersonalização é um sintoma de burnout ou um mecanismo de defesa?
Recentemente, parece que o número de casos de burnout vem aumentando entre os médicos. Mas, além dele, outros quadros também vêm se destacando. Por exemplo, a insatisfação com o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional, a presença de transtorno por uso de substâncias, de transtorno depressivo maior e aumento das taxas de suicídio. Apesar do destaque para o burnout nos últimos tempos, há uma preocupação crescente com os casos de depressão e ideação suicida.
Burnout, depressão e ideação suicida
Um estudo até relacionou burnout com ideação suicida. Entretanto, ele possuía importantes limitações metodológicas. Enquanto isso, outro trabalho conseguiu demonstrar de forma mais consistente a relação entre ideação suicida e depressão. Por isso, e devido às graves consequências envolvidas, na presença de ideação suicida é imperativo descartar a presença de transtorno depressivo maior.
Cabe destacar também a alta prevalência de depressão na população. Dentro do meio médico, em uma população de internos e médicos residentes presume-se uma taxa de depressão de 4% ao início do curso. Contudo, este valor pode aumentar para 25% após 3 meses, permanecendo dessa forma durante todo o período da formação.
É importante que o “burnout” não se torne uma expressão genérica para se referir ao sofrimento emocional dos médicos. E diagnosticar corretamente aumenta as chances de que se obtenha o tratamento adequado. O estigma e a vergonha que envolvem as doenças mentais fazem com que muitos procurem um diagnóstico conveniente. Mas que pode não ser o mais adequado, levando a conclusões erradas e retardando o tratamento correto.
Considerações finais
Algumas sugestões para diminuir isso envolvem a utilização de algumas escalas breves e simples. Estas avaliam o diagnóstico de transtorno depressivo (ex: PCL-9) em todos os pacientes com suspeita de burnout. Complementar isso com a avaliação (com ou sem escalas) do transtorno por uso de substâncias e dos transtornos ansiosos ajuda a diminuir os riscos de um diagnóstico inadequado. Além disso, outra forma seria criar serviços de psiquiatria confidenciais que facilitassem o acesso dos médicos. Como, por exemplo, um serviço de 30. Finalmente, é essencial combater os estigmas das doenças mentais. Dessa forma, talvez mais médicos se sintam melhor ao reconhecer que seu problema é uma alteração cerebral tratável e não apenas uma situação de trabalho.
https://pebmed.com.br/saude-mental-dos-medicos-burnout-ou-transtorno-depressivo-maior/
( C )
Saúde mental na advocacia: precisamos enfrentar esse tabu
A advocacia é uma profissão marcada pela intensa atividade definida com base em volume e em prazos processuais. A saúde mental na advocacia, portanto, deve ser trabalhada de modo a oferecer mais qualidade de trabalho aos advogados e advogadas.
Problema é mais do que comum do que parece. O que o escritório de advocacia pode fazer para evitar e lidar
Depressão, síndrome de burnout, ansiedade e estresse: eles foram os motivos de 30% dos afastamentos de advogados e de 60% das licenças de procuradores, entre 2012 e 2018. A saúde em geral e, em particular, a saúde mental na advocacia, assim como em várias outras áreas, tem se tornado um desafio para gestores de escritório de advocacia. E no entanto, em muitos, falar disso ainda é tabu.
Pois não deveria. Primeiro porque dados como estes mostram que os transtornos mentais já estão entre os principais males que acometem os profissionais da área, pedindo uma resposta. Depois porque um fator fundamental do tratamento é a possibilidade de falar sobre isso sem pudores. E, finalmente, porque, ao mesmo tempo que envolve muita dedicação, a atividade dos advogados nem sempre implica na colheita dos louros no final. O que envolve boas doses de expectativa e, no caso de uma perda, de frustração.
Por isso, neste artigo, este é o nosso tema. Para começar, vamos ver algumas ações diretas em saúde mental que o escritório pode fazer.
Além disso, veremos também como o escritório pode lidar com pessoas que já estão passando por um transtorno mental, criando um ambiente de acolhimento e propício ao tratamento.
Como prevenir transtornos mentais na advocacia
Partamos de um ponto-chave para começar a lidar com o tabu dos transtornos mentais: ninguém escolhe tê-los. Nem na advocacia. Pense o que uma pessoa escolheria: estar feliz ou infeliz, satisfeito ou insatisfeito, bem-humorado ou mal humorado, calmo ou ansioso?
Certamente, todos responderiam que é melhor estar feliz, satisfeito, bem humorado e calmo. É mais fácil. Esse raciocínio simples é importante porque se estende às pessoas que estão passando por desafios emocionais. Elas gostariam de estar bem, na verdade. Muitas vezes até não entendem por que não estão bem – e, ainda assim, seu estado não se modifica.
Agora, tem o ponto: esse é um problema da organização? Não exclusivamente, mas também. Evidentemente, não cabe somente à organização identificar problemas mentais em seus colaboradores. A ela, porém, cabe criar espaços e a segurança em que ele consiga manifestá-los sem se sentir pressionado ou constrangido por isso.
Mas como? É o que vamos ver a partir de agora.
saúde mental na advocacia
1. Crie espaços para falar sobre saúde mental dentro do escritório de advocacia
Com certeza nem você nem eu costumamos ouvir nossos colegas de advocacia falarem abertamente que estão passando por um transtorno mental. Não falar, no entanto, não quer dizer que eles não existam. De fato, uma das atitudes mais difíceis para colaboradores que estão passando por transtornos mentais é justamente falar sobre eles. Por via de regra, eles escondem suas dificuldades, mesmo quando buscam resolvê-las.Então, independentemente de já ter tido ou não algum caso dentro do escritório, cabe criar espaços para que os colaboradores falem a respeito.
Dentro de escritórios menores, isso pode ser feito em reuniões periódicas de feedback com a liderança, por exemplo. Escritórios maiores podem pensar em ações mais estruturadas nesse sentido, como oferecer apoio psicológico dentro da empresa, orientação nutricional, salas de descompressão e massagem etc.
Cabe, em qualquer situação, criar um ambiente de atenção, confiança e honestidade. Então, se você vai fazer uma reunião de feedback com um colaborador nada de mexer no celular enquanto ele fala ou, então, de cortá-lo. Mente aberta e escuta são fundamentais.
2. Tenha um plano de carreira e de benefícios
Nem sempre por opção, muitos advogados, mesmo vinculados a escritórios de advocacia, trabalham como autônomos. Por isso, sua remuneração pode ter um grau elevado de incerteza, tanto em relação à carreira quanto às necessidades mais imediatas.
Oferecer condições de trabalho adequadas e benefícios é uma forma de aumentar o grau de segurança e, consequentemente, satisfação. Além disso, demonstre por meio de ações quão importantes os colaboradores são para o sucesso do escritório, que não são descartáveis e que se importa realmente com seu bem-estar.
É verdade que os transtornos mentais não têm relação necessária com a segurança financeira e trabalhista. De fato, muitas pessoas que não têm tais dificuldades enfrentam problemas. Mas convenhamos: a insegurança em relação ao trabalho é um catalisador. Não tê-la gera ansiedade, estresse e ainda excesso de trabalho. E o resultado dessa mistura você sabe qual é.
Junto com benefícios, vale criar espaços para o desenvolvimento pessoal. O trabalho do advogado exige muito dele, portanto, o desenvolvimento pessoal do colaborador deve ser pensado como um todo.
3. Construa um ambiente organizacional que promova a saúde
O trabalho exige muito dos colaboradores, mas tem limites: não pode ultrapassar seu bem-estar. Essa é a regra.
Nós sabemos o quanto a advocacia pode permear a vida profissional e pessoal dos profissionais. Quantos advogados que você conhece entram no escritório de manhã cedo e não têm hora para sair? E o estresse com os vários prazos processuais? Isso pode ser uma opção do profissional, mas cabe atenção especial.
Além disso, ter clareza sobre as suas funções, entregas e resultados, bem como sobre como executá-los, valida as ações do colaborador, gerando segurança.
O ideal é que os gestores construam jornadas adequadas, em que o colaborador consiga equilibrar alta performance na advocacia com descanso. E, claro, ninguém precisa ter medo de perder o emprego, de ser pressionado ou de sofrer algum constrangimento.
Como ajudar colaboradores com transtornos mentais
Se você acha que as dicas acima evitarão que seus colegas de advocacia ou que os colaboradores de seu escritório enfrentem transtornos mentais a resposta é não. Infelizmente, a relação aqui não é a de simples implicação.
Como disse, criar condições boas de trabalho para o colaborador pode amenizar, dar suporte e confiança, mas não evitam completamente o aparecimento de transtornos mentais dentro do escritório.
E uma coisa é certa: quando um transtorno mental acomete um colega, não é raro os demais colaboradores simplesmente não saberem o que fazer. Aliás, não apenas os colaboradores, mas as próprias lideranças organização. Por isso, deixam de tomar atitudes simples que podem ajudar a lidar com a situação.
Portanto, agora, vou trazer algumas dicas para lidar com o problema.
1. Ouça: você não precisa falar
É inevitável. Ao ouvir uma pessoa se queixar, seja o que for, a primeira coisa que fazemos para consolá-la é mandar aquela frase de incentivo. E você sabe que frases de incentivo normalmente são clichês. |Justamente por isso o efeito delas sobre quem não está bem pode ser o contrário do que você imagina.
Por isso, a dica é que mais vale ficar calado – a não ser que a pessoa peça a sua opinião. Ouça o que o colaborador tem a dizer e ofereça a sua compreensão. Por mais que, para você, os temores de seu colega não encontrem respaldo na realidade, só o fato de fazerem sentido para ele já os torna válidos.
É hora de tomar uma atitude como oferecer um ombro amigo, convidá-lo para conversar em uma caminhada ou, então, para sair do escritório e tomar um café.
2. Não julgue, inclua
O desânimo, o estresse, a ansiedade, em suma, a maioria das dificuldades provocadas pelos transtornos mentais costumam levar as pessoas a se separar das demais, ao isolamento e à exclusão. Respeite isso, se esse for o desejo do seu colaborador.
Na medida do possível, no entanto, esteja junto da pessoa. Deixe claro que para você não é um incômodo estar junto. E não force a pessoa a estar junto com as demais se a vontade dela é estar sozinha.
Além disso, aborde seu colega, converse com ele, esteja junto até para fazer as coisas se essa for a vontade dele. A chave aqui é dar segurança da presença.
3. Veja alternativas
Se você é gestor do colaborador portador de transtorno mental, é hora de oferecer alternativas, sobretudo se o afastamento ainda não aconteceu.
Evidentemente, tomar decisões nunca é fácil, para ambas as partes. Mas algumas possibilidades podem ser aventadas: é o caso de flexibilizar a jornada de trabalho, ou de fazer home office na advocacia? Não é o caso de tirar umas férias do trabalho, no caso de elas já terem vencido?
Cabe estudar, junto com o colaborador, quais são as opções de conduta. Vale lembrar, aqui, que o compromisso é de ambos: do colaborador com a empresa e da empresa com o colaborador.
https://blog.sajadv.com.br/saude-mental-na-advocacia/
( D )
Tudo que os profissionais precisam saber sobre saúde mental
Aos 25 anos, Gabe Howard foi diagnosticado com uma doença grave. Na época, ele era um funcionário de sucesso em um setor competitivo. Depois da primeira hospitalização, Howard voltou ao trabalho, mas não foi bem recebido – percebeu sussurros pelos cantos e olhares de lado. E, como seu tratamento exigia um tempo cada vez maior longe do dia a dia profissional, as coisas só pioraram.
“Cada vez que eu saía, a fábrica de boatos retomava as atividades a todo vapor”, lembra. “As pessoas diziam que meus problemas de saúde eram uma grande fraude. Que eu dizia estar doente e recebia seis semanas de férias pagas.”
Se Howard tivesse câncer, a reação das pessoas seria de surpresa. Mas seu diagnóstico é fortemente estigmatizado: transtorno bipolar. Embora sua primeira experiência ao lidar com uma crise de saúde mental no local de trabalho tenha terminado em demissão, foi o empregador da época quem acabou por perder um valioso jovem talento – além do drama causado pela falta de apoio.
Howard, no entanto, construiu uma carreira de sucesso no setor de empresas sem fins lucrativos, e agora escreve e fala sobre transtorno bipolar em tempo integral. A história do profissional mostra que é possível ser um funcionário saudável e produtivo enquanto gerencia uma condição de saúde mental grave e persistente.
Muitas vezes, a peça que falta no quebra-cabeça psicológico do ambiente de trabalho é a educação, tanto para funcionários quanto para empregadores.
Veja, na galeria de imagens a seguir, 10 coisas que tanto funcionários quanto empregadores precisam saber sobre saúde mental no trabalho:
1. Problemas de saúde mental estão presentes em todos os locais de trabalho
Um em cada cinco adultos norte-americanos é acometido por uma doença mental todos os anos. De cada 25 casos, um – como aconteceu com Howard – é grave.
“A saúde mental é muito mais um espectro”, diz Kelly Greenwood, fundadora e CEO da Mind Share Partners, uma consultoria especializada em bem-estar psiquiátrico no ambiente de trabalho. “Poucas pessoas são 100% saudáveis do ponto de vista mental e, durante toda a sua vida, você se movimenta para frente e para trás nesse espaço, assim como faz com a saúde física.”
Não importa onde as pessoas estejam, seus estados de espírito vão com elas a todos os lugares – o que inclui o local de trabalho, onde, muitas vezes, elas gastam até um terço de suas vidas. Como a saúde mental existe nesse espaço, também é importante reconhecer que algumas pessoas ficam inaptas a trabalhar.
“Sabemos que a depressão é a causa número um de deserção no trabalho”, lembra Karl Shallowhorn, coordenador do programa de defesa e educação em saúde mental do Centro Comunitário de Saúde de Buffalo. “Outra questão é o presenteísmo, nome dado ao fenômeno de estar de corpo presente no ambiente de trabalho mas não ser produtivo.”
Embora as estimativas variem, um estudo descobriu que os Estados Unidos deixam de ganhar US$ 193,2 bilhões por ano devido aos problemas de saúde mental.
Enfrentar essa realidade é essencial para as organizações. Além de ser a coisa certa a se fazer pelos funcionários, ignorar a saúde mental no ambiente de trabalho pode trazer impactos negativos para os negócios.
https://forbes.com.br/carreira/2018/10/tudo-que-os-profissionais-precisam-saber-sobre-saude-mental/
( E )
maneiras de promover o bem-estar no local de trabalho
Frustrado pelas oito horas que você passa em um cubículo todos os dias? Seu maior desejo é encontrar maneiras de ser ativo e saudável no trabalho? Você não é o único. Muita gente se sente assim. A boa notícia é que a forma como trabalhamos está mudando e seu chefe pode estar mais receptivo do que nunca às suas ideias.
Às vezes, pode ser meio intimidador abordar a gerência com uma solicitação grande. Enquadre suas sugestões explicando que você se importa com seu local de trabalho e que investir em funcionários saudáveis e felizes é bom para os negócios em geral.
Esteja preparado para fornecer informações sobre quaisquer custos associados às suas propostas e se ofereça para liderar o projeto. Com alguma sutileza e um pouco de sorte, você poderá estar almoçando em um tapete de ioga em um futuro próximo.
Veja, na galeria de fotos abaixo, 4 maneiras de promover o bem-estar no local de trabalho:
1. Opções flexíveis
Se você ama o seu trabalho, mas gostaria de não ser obrigado a ficar acorrentado à sua mesa oito horas por dia, você pode estar com sorte. Muitas empresas estão agora permitindo que os funcionários trabalhem de casa e/ou adotem horários flexíveis.
https://forbes.com.br/carreira/2018/08/4-maneiras-de-promover-o-bem-estar-no-local-de-trabalho/