CRISTIANISMO TERAPÊUTICO - parte 2




SUMÁRIO
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PARTE 2 - A PRÁTICA DO TEMA
(2) O QUE NÃO* É CRISTIANISMO               (15 ytubeface)
2.1... TESTEMUNHOS NEGATIVOS              (15 ytubeface)
2.1a... como Jesus não era do Judaísmo (16 ytubeface) 
2.1b... o cristianismo de Paulo                    (17 ytubeface)
2.1c... os cristianismos de João e Pedro  (18 ytubeface)
2.1d... o cristianismo de Tiago e Judas     (19 ytubeface)
2.1e... o cristianismo em Hebreus             (20 ytubeface)
2.1f... o cristianismo apocalíptico              (21 ytubeface)
2.1g... a observação de Gandhi                (22 ytubeface)

com seu testemunho maléfico na história
e a Parte 3


PARTE II
informações práticas sobre o tema



.  (2) O QUE NÃO* É CRISTIANISMO  .
como um excelente exemplo disto, a Inquisição desenvolvida na Idade Média, em nome de Deus, visando preservar a Vontade dEle, de uma maneira ou outra, numa intensidade ou outra, tem sido, desde lá, praticada pelo catolicismo, pelo protestantismo e pelo evangelicalismo. São práticas e defesas da fé que demonstram claramente a falta de fé no Deus que defendem. 




2.1... OS TESTEMUNHOS NEGATIVOS



2.1a. Como Jesus não era do Judaísmo

Jesus, voltando ao mundo, não seria cristão, sob hipótese nenhuma, embora até pudesse nascer de cristãos.
João 8:42: "se amassem Deus, me amariam"
     o judaísmo* deles não era de Deus
     na revelação progressiva*, 
          Moisés entendeu pouco, 
          e eles menos (com o tempo)
     o judaísmo pior que o de Moisés
          dos fariseus saduceus essênios zelotas 
     só pouquíssimos salvos (Mt.5:13s) 
          tinham "compreensão* inconsciente
          da religião (face) divina no judaísmo 
               (como em qualquer religião)
.         crê-obedece Deus em sua religião 
               mesmo sem saber ou entender
               isso é a fé salvadora* 
               que só a Graça planta neles (Ef..2:8)

Hoje, Jesus diria que nosso cristianismo 
          tem pouquíssima religião (face) divina
     denominações cristãs (como seitas judaicas)
          deterioraram* o ensino de Jesus
          criamos regras, rituais, policiamentos
               preconceitos, intolerâncias, mentiras,  
               medos, ódios, rancores, sectarismos,
               intransigências e outras arrogâncias
     usamos religião com interesses não cristãos
          particulares, políticos, econômicos, 
          sociais, egocêntricos, perseguidores, 
          e outras tolices anti-bíblicas
no geral despregamos* mais que pregamos, 
     com nossos ensinos, testemunhos, ações, 
     reações e práticas; 
     com o que lembram de nós
     nossas convivências na igreja, na família, 
          na profissão, na escola, na vizinhança, 
          amizades, e no mundo em geral
     agimos diferentes de Jesus ante adúlteros, 
          "endemoninhados", ateus, enfermos, 
          diversidades e adversidades.


2.1b. O Cristianismo de Paulo
como todo ser humano, com suas virtudes e defeitos, o apóstolo foi instrumento de Deus, antes (limitadamente), e depois (menos limitadamente) de sua conversão.  Nesta condição humana, Deus esteve, através dele, estruturando no que podia, a Igreja de Cristo. Assim, foi muito ruim com ele, mas seria muito pior sem ele na história do cristianismo que temos hoje.


POR MOTIVOS HUMANOS-EXISTENCIAIS
     foi criado numa cultura farisaica-extrema
     líder num Sinédrio intranquilo politicamente
     calejado com perseguições e mortes a cristãos
     temperamento grosseiro, duro, determinado
     ausência do equilíbrio feminino de uma esposa

DEU TESTEMUNHOS POSITIVOS
     (entendeu e seguiu a face divina da religião cristã)
     maleável ante a perseguição do judaísmo
     via resultados benéficos em suas prisões
     ensinou a obediência ao governo-Estado
          não exatamente aos governantes
     deu base explicativa a toda teologia cristã
          todo homem é indigno pecador (sem exceção)
          o estado pecaminoso leva todos a pecados
          Deus ama e providenciou a Graça para todos
               que busca levar ímpios ao perdão de Jesus
               que leva perdoados a parecerem com Jesus

DEU TESTEMUNHOS NEGATIVOS
     (não imitando Jesus Cristo e seus ensinos em nada)
     (atendeu mais a face humana da religião cristã)
     dureza com o joio na vida da igreja (corpo a Satanás)
     baseou-se na cultura apocalíptica (terceiro céu)
     envolveu apocalíptico em experiência (mensageiro)
     misturou histórico com apocalíptico (impedido)
     não condenou a escravidão (a Filemon)
     receoso de condenar erros graves em Corinto:
         chamou ímpios de crentes carnais -obras da carne
         condenou mulheres de cabelo rapado
         incentivou o não casamento (se não abrasar)
          




2.1c. Os Cristianismos de Pedro e João
Pedro, irmão de André, e João, irmão de Tiago, foram discípulos de Jesus, e, embora sendo e tendo o mesmo valor espiritual nas mãos de Deus, foram menos influentes na formação básica do cristianismo; mas, mesmo Jesus sabendo que assim seria, abriu caminho para que fossem os líderes entre seus apóstolos. Sendo humanos, um pouco mais limitados que o Paulo, ofereceram virtudes aos propósitos divinos, mas também, suas limitações, graves limitações. Sem dúvida, tudo foi muito ruim com eles, mas seria muito pior sem eles.


POR MOTIVOS HUMANOS-EXISTENCIAIS
     eram pescadores e tinham seus limites de vida
          limites que os levaram a serem pescadores
          limites que a profissão promovia na vida deles
     provavelmente eram casados, mas eram distantes
     não eram tão religiosos, não resistiam a Jesus

HOUVE TESTEMUNHOS POSITIVOS
     João é chamado de o apóstolo do amor
          percebeu a face divina no ensino novo de Jesus
          tranquilo, foi quem Maria assumiu como filho
          pacífico, entrou sem medos onde Pedro negou
HOUVE TESTEMUNHOS NEGATIVOS
     Pedro é lembrado pelos impulsos de violência
          abriu-se para a face humana do ensino de Jesus
          precisava muito dizer a ele e a outros que tinha fé
               carecia provar que tinha fé (espada no soldad)





2.1d. O Cristianismo de Tiago e Judas
estes, Tiago e Judas, não são, necessariamente, aqueles apóstolos de Jesus, mas os escritores bíblicos que se apresentam como irmãos de Jesus, os quais podem ser literalmente ou não. Podemos destacar, não pela família de Jesus, os quais seriam considerados zombadores da missão de Cristo, mas pelos textos que escreveram, ou até, no caso, pela liderança exercida na igreja de Jerusalém, os seguintes aspectos.


POR MOTIVOS HUMANOS-EXISTENCIAIS
     foram criados na religião, acompanhando Jesus
          cristianismo era como parte do judaísmo
          em alguns momentos viram Jesus como exibido
          em outros momentos como um louco
          

HOUVE TESTEMUNHOS POSITIVOS
     não encontrei nenhum ensino nos dois
          (nem Lutero que tirou Tiago do seu Cânon)
          concordantes com a vida e o ensino de Jesus
          que confirmasse a face divina do cristianismo
     por isso, os dois livros foram tardios no cânon do NT

HOUVE TESTEMUNHOS NEGATIVOS
     Judas entende Israel-judeus como o povo de Deus
          Jesus foi apenas um ajustador das práticas
          as crenças foram mantidas pelos exemplos dados
          crenças exigidas ao povo e não como princípios
     Tiago entende o judaísmo como a religião de Deus
          Jesus foi um ajustador das crenças
          as práticas foram mantidas (conforme Concílio)
          práticas exigidas aos cristãos gentios ou judeus
     os dois eram cristãos judaizantes
          não foram diferentes dos preconceitos de Pedro
               em relação a Cornélio e o lençol imundo
               em Antioquia quando judaizantes chegaram
          acreditavam e pregavam sobre perda de salvação
               que salvação e manutenção dela é por mérito
               diziam: Abraão foi justificado pelas obras (link)
               Paulo ensinou o contrário sobre isto (link)
          foram intransigentes com a conversão de gentios
               exigiram muito, conseguiram pouco (Concílio)
               Paulo não deu importância às exigências
          


 



2.1e. O Cristianismo em Hebreus
nenhuma fonte confiável tem sido capaz de afirmar quem é o autor da carta Aos Hebreus (link), mas, pelo texto podemos concluir algumas características em sua vida, em sua crença e no seu modo de viver o cristianismo que pregava. Assim, é que podemos vislumbrar os aspectos que preenchem os itens a seguir. De qualquer forma, foi homem, e como tal, ofereceu o que compreendeu como face divina na sua religiosidade, e o que compreendeu como face humana.


POR MOTIVOS HUMANOS-EXISTENCIAIS
     judeu ou não, ele era conhecedor do judaísmo
          Jesus superou crenças e práticas da religião
               mas continuava amando todo judeu
     o não se identificar no texto indica ser não judeu
          contrariando a cultura apocalíptica da época
               com nome real ou pseudônimo místico
          contrariando a cultura a cultura greco-romana
               a autoridade do escrito estava no nome

HOUVE TESTEMUNHOS POSITIVOS
     ensinou que Deus amava judeus e não judeus
          judeus e gentios agradavam Deus só com fé
               negando mérito religioso-ritualista
     Jesus era totalmente superior a Moisés
          Moisés era a Lei, intransigência, obrigação
               separação, superioridade, privilégios

HOUVE TESTEMUNHOS NEGATIVOS
     aceitou chamar judeus e gentios salvos de hebreus
          o nome inclui: preconceitos, intolerâncias, 
               rebeldias, incredulidades, vaidades, orgulhos
               perseguição, arrogância, doentismo religioso
               cegueira espiritual existencial religioso social




2.1f. O Cristianismo Apocalíptico

A CULTURA APOCALÍPTICA
foi um movimento político-religioso de triunfalismo pagão em sua origem, 

quando os judeus, imitando povos vizinhos, levados por seu orgulho religioso, passou a crer que não eram merecedores do domínio estrangeiro-pagão sobre eles, a partir do dos tempos da Assíria e Babilônia.

Passaram a crer num Deus ciumento que não suportava ver seu povo sob o domínio de povos de outros deuses, e raivoso e vingativo que num determinado momento iria destruir os inimigos e livrar sua gente do domínio deles.

Assim, desde pouco antes do Profeta Isaías, desenvolveram uma linguagem profética mais figurada e mística, sempre alimentando a ideia do amor de Deus mais para com seu povo do que com o resto dos povos, principalmente em relação aos inimigos dominadores.


O CRISTIANISMO NA CULTURA APOCALÍPTICA
sempre muito influenciado por esta cultura de princípios pagãos, até por que o que toda sociedade conhecia e conversava, os escritores bíblicos, inclusive Jesus, usou muito dos conceitos e significados apocalípticos para se fazerem entender em seus ensinos e pregações.

Grande parte das parábolas e das comparações feitas por Jesus, foram baseadas em ilustrações e afirmativas da cultura apocalíptica. Na verdade, Jesus não confirmava o que criam, mas mencionava para que seus ouvintes compreendessem o que ele dizia.

Na verdade, Ele desmentia os erros daquela cultura, ao afirmar, por exemplo: "no mundo tereis aflições", "tome a sua cruz e siga-me", "me perseguiram, perseguirão vocês também", 


O CRISTIANISMO NO APOCALIPSE
neste texto, o cristianismo é totalmente comprometido quando o escritor reforça o ódio de Deus em relação aos dominadores do seu povo, isso incluindo Israel e a igreja.

Também, quando apresenta o povo de Deus, já morto pela perseguição, no céu, pedindo vingança ao Senhor, contra os inimigos da fé, no mundo.

Mais ainda, quando apresenta 144 mil israelitas como homens perfeitos aos olhos de Deus, por não terem se casado, contrariando a ordem divina para o casamento.


A PESAR DE TUDO
pela capacidade divina de usar gente imperfeita para fazer bem sua obra, e usar as imperfeições humanas para operar seus propósitos, o Espírito de Deus, em Seus milagres, faz com que este livro, a pesar de tudo, seja bênção terapêutica, com a pouca face divina que tem, a todos os seus leitores

Da mesma forma, como aos homens que tem ao Seu dispor, o Senhor faz com que este livro bíblico,se adeque a esta verdade: ruim com ele, pior sem ele.




2.1g. A Observação de Gandhi
representando uma grande quantidade de homens importantes à história e civilização da humanidade, pessoas que não eram cristãs, mas que conviveram com o cristianismo e seus péssimos testemunhos históricos e desumanos, Mahatma Gandhi (link) resume bem o que tem sido o nosso cristianismo aos olhos do mundo, na percepção de todo o mundo, humanidade esta que é muitíssimo amada de Deus, que anseia alcançar e abençoar, confortar e cuidar, também, através da religião, de toda experiência religiosa, inclusive pelo cristianismo, de tudo que promova a volta autônoma de todo ser humano a Ele, o que é totalmente terapêutico.

Entre os filósofos ateus (link), Bauman (link), Feuerbach (link), Foucault (link), Karl Marx (link), Nietzsche (link), Sartre (link), a opinião sobre o cristianismo, como uma religião, ou como religião, se assemelha muito com as críticas da Gandhi.


QUEM FOI GANDHI 
indiano, hindu, advogado, nacionalista, anticolonialista que liderou a resistência não violenta pela independência de seu país. 

Com tudo isto sofreu diretamente, de muitas formas a mão dura da face humana do cristianismo. Sofreu o poder severo do cristianismo capitalista, egoísta, político e dominador.

Tinha toda autoridade possível para analisar e condenar o testemunho falso do cristianismo diabólico que vivenciou dentro e fora de seu país. Agiu como discípulo de Jesus, embora não fosse, e, por isto, sofreu amarga perseguição pelos que se diziam detentores da fé cristã.

Quem mais sabe do tipo de testemunho que praticamos, como atitude espontânea de nossa possível fé, não é o que dizemos ou fazemos, mas quem convive conosco. 

Assim, foi que diante do protestantismo-hipócrita-capitalista inglês, Gandhi, de maneira muito assemelhada com Jesus, julgou e condenou o cristianismo que conhecemos e praticamos.


GOSTO DE CRISTO E ODEIO OS CRISTÃOS
disse: "amo o cristianismo, mas odeio os cristãos, pois não vivem segundo os ensinamentos de Cristo" (link). As mentiras e a falsa religiosidade demonstrada pelos ingleses, na Índia, na África do Sul, pelas colonias e pelo mundo todo; assistida e sofrida por Gandhi, o fazia enojar-se dos cristãos.

EU SERIA CRISTÃO, SE OS CRISTÃOS FOSSEM CRISTÃOS
dizia: "Eu seria cristão, sem dúvida, se os cristãos o fossem vinte e quatro horas por dia" (link). Aos olhos de Gandhi, e, portanto, de todo o mundo ao redor,  somos um bando de gente incongruente. 


QUEM REALMENTE SOMOS PARA O MUNDO
É claro, numa religião universal como o cristianismo, temos três grupos distintos de cristãos: 
(1) são os cristianizados, 70% por cento dos que se dizem cristãos, que assim dizem por não terem opção fora do ateísmo. Mas são neutros, parecem com tudo e com todos, sem nenhuma dificuldade.

(2) os pseudo-cristãos, falsos cristãos. 20% do cristianismo, que não somente mentem inconscientemente, involuntariamente, mas agem contrários aos ensinos e princípios cristãos. 

São fariseus ultra-religiosos fanáticos, que com o pretexto de defenderem a fé, a Bíblia, Jesus, Deus, o Espírito Santo, a Igreja e tudo mais,agem com violência e destempero, para eclodirem seus instintos violentos-doentios. 

Pela truculência deles e a passividade dos demais, estão sempre exercendo lideranças no mundo cristão, e, assim, criam paradigmas negativos sobre religiosidade para os cristianizados e o mundo em geral.

Assim, fazem-se inimigos ferrenhos contra o primeiro e o terceiro grupo, bem como para os não-cristãos, criando todos os motivos, para todas as perseguições, internas e externas à igreja, sofrida pelo cristianismo, de um jeito ou outro, numa intensidade ou outra, numa ou outra circunstância.

(3) os cristãos, os reais imitadores de Jesus; os que produzem o melhor testemunho possível por humanos, segundo os méritos da Graça de Deus. Estes são, com todo otimismo, 10% dos declarados cristãos.

São tão poucos, tão pacíficos, tão intimidados, que muitas vezes, o excelente exemplo de discípulo de Jesus que dão, todo o tempo, é engolido, aos olhos do mundo, pela indiferença do cristianizados e pela violência e agressão dos pseudo-cristãos.

Assim, com tudo isto, e com todos estes tipos cristãos, o mundo, através de Gandy afirma o que afirmou:
"eu seria cristão, sem dúvida, se os que se dizem cristãos fosse realmente cristãos"